NADA MAIS DO QUE ISSO


Rancor de velha - apenas isso!
Como se desenhar - ainda que o fosse
não era para qualquer um – muito menos
para Ela! Retirada ante madrugada da porta
sonhada. Logo Ela que nada desenhava nada
sabia sobre o desenho! E a prova era o fraco
poema feito de claras aspirais de tédio - a
prova de pouco brilho - de pouca PENA!

Ela que se armara em meretriz que
imponha provas (como as putas no bordel)
vinha apontar o pensamento claro – esquema -
disse ela! – Não fosse ela com esse esquema
forjar a ideia para a sua “tão rica” antologia!
Bem sabemos! Tudo era a sua mera inteligência –
logo ela que recolhia viva centenas de cabeças.
E vinha ela – outra tão falsa e velha miséria-
ensinar tracinhos paralelos de negro e cinzento
ao mestre do desenho?

E como cera destilando veneno inveja -
vingança não concretizada em pessoa – [ainda
que lhe fizesse baixar a nota (Mete-a no Cu!)]
escorria feito matéria negra - martelinho da
positividade oca - levando rosas de plástico
e "Pegas" aos colóquios de Bogotá.

Desenhar sobretudo no escuro exige
punho vivo e a certeza de que esta coisa
não se ensina entre os defuntos da academia
- matéria putrefacta que fazes parte! E – se me
permites – deixa-me evocar os dois sóis
os dois firmamentos os teus dois velhos
inimigos para – imitando-te sonsa – mandar-te
"Ide levar na cona!"
(verso este que te obrigará a rever todo o
capítulo desastroso sobre a "Questões do
Vocabulário" nesse da Poesia com vagar.

Logo ela! Logo tu! – matéria pobre negra –
sinuosas esquinas e escadas da pobridão -
vires aqui ensinar a desenhar no escuro?
Nada mais do que isso: risco de velha!



1º versão



Comments

Popular posts from this blog