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  NADA MAIS DO QUE ISSO Rancor de velha - apenas isso! Como se desenhar - ainda que o fosse não era para qualquer um – muito menos para Ela! Retirada ante madrugada da porta sonhada. Logo Ela que nada desenhava nada sabia sobre o desenho! E a prova era o fraco poema feito de claras aspirais de tédio - a prova de pouco brilho - de pouca PENA! Ela que se armara em meretriz que imponha provas (como as putas no bordel) vinha apontar o pensamento claro – esquema - disse ela! – Não fosse ela com esse esquema forjar a ideia para a sua “tão rica” antologia! Bem sabemos! Tudo era a sua mera inteligência – logo ela que recolhia viva centenas de cabeças. E vinha ela – outra tão falsa e velha miséria- ensinar tracinhos paralelos de negro e cinzento ao mestre do desenho? E como cera destilando veneno inveja - vingança não concretizada em pessoa – [ainda que lhe fizesse baixar a nota (Mete-a no Cu!)] escorria feito matéria negra - martelinho da positividade oca - levando rosas de plástico e "P
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      DE RABO  PRESO     Esperando desesperadamente entrar na Academia do Norte a drogada aflita dissera que sim! O plano era prender o rabo do mais impertinente macaco do longínquo Oeste. Daí a sintonia! Ela (drogada) repetiria em júri a conversa manipulada. Havia que chamar Benjamim e todas as imagens de pensamento para - com arame – prender o bicho. Não importava se o artista pouco desse atenção a Benjamim – mas elas davam! Elas eram muito mais importantes que a obra estudada! Inútil foi a miserável combinação - querendo a drogada satisfazer a alta sacerdotisa ficou ela com o rabo bem trincado! Era por demais óbvio que as suas fracas palavras eram a extensão das palavras da velha sacerdotisa frustrada na vingança sonhada.   Rodaram tanto que se julgaram vencedoras  - sem que tivessem reparado que o rabo de uma ficara colado ao rabo da outra!  Uma reformou-se outra já vai de limousine para a Academia!                      
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       AS FRALDAS DA OXÓNIA   E viu logo uma mantilha que se usava como fralda           - Jorge de Sena                              I O ENFERMEIRO DE HELSÍNQUIA     O sonho do enfermeiro de Helsínquia é mudar as fraldas da Oxónia por ligaduras de prata. Enquanto lhe vai lambendo o cu vai declamando versos da Patti Smith que encontrou um dia numa Livraria. Depois desta epifania - que lhe trouxe nova t-shirt com Rimbaud - nunca mais mudou a t-shirt com Rimbaud. E nunca mais saiu do bacalhau de Trás-os-Montes! Mãezinha, Oxónia dá-me berço! Dá-me crédito entupido além Tâmega!   Mas isso de bater em máquina antiga   - matraqueador igual ao da Sertã - nunca foi garantia de alta jeropiga                                    nem espiga! Alguém que dê-lhe cinco cêntimos! Pois só consigo dar-lhe dois!   Há patinhos de borracha com maior tesão em verso!                        II OS BEIÇOS DA KARENINA     Então já chegaste à Imp
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     NOVOS CLICHÉS DA POESIA        CONTEMPORÂNEA   Se houver aqui alguma morte veneno ou assassinato a culpa será dele (hoje toda a mulher é inocente mesmo se for a cascavel das arábicas). E no desentendimento que há sempre entre um ele e uma ela ela será sempre a inocente. Não admira! É com ela que podem ganhar uns eventos jantares. Se houver cães ou cadelas por perto o cão será condenado a vaguear longe ou a morrer de fome ou somente a contentar-se com velhos e feios duros ossos ao passo que a cadela será louvada em altar de falsa prata. Se filho houver será um filho ora babado pela mãe ora uma fera oculta sob a saia da mãe. Aqui chamarão Freud e todos os psicanalistas menos o amor mais puro de quem ama o outro. E como sempre não faltarão as mil mortes anunciadas a um ele ou a um Tu distante que – bem sabemos – morrerá num deserto sem água ou num mar sem fogo sempre sob o sol.   Como é saudoso já o tempo do repetid
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 OS GÉMEOS                                                                                     Talvez o diabo, talvez a mãe                                             talvez o crocodilo, talvez                                              somente a puta que vos pariu!                                                  - Raul Milhafre Um escrevia desde o aperto de mão ao Saramago [aí nesse tempo a coisa ainda se justificava!] até às recônditas paisagens do Brasil! Nenhuma Máquina pós-moderna vendia ou produzia tanto papel! Havia inclusive quem com o mapa-mundo do gémeo primeiro comprava quilos que raramente lia ou se os lia lia muito apressadamente! Nem Teófilo Braga no seu maldito tempo! No desgaste de duas décadas e de tanto saltar de Borges para Kafka e de Kafka para a fábula e da fábula para Borges acabou por ir vender a alma ao Diabo! E assim já com novo contrato assinado veio o Diabo sentenciar a dupla desgraça: de tanto acusar a banalidade e a produção
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  O MAIOR SUDÁRIO VIVO   Lá vai o poeta arrastando-se em mais um esfarelado sudário (sempre o sudário sempre o vinho) pelas manhãs da amorfa livraria. Para quem se julga imitar o rouxinol (sagrado do deserto sempre húmido) facilmente se queima na taça da prata.   E ligeiro o tempo passa rasgando os elevados modernos manifestos todos comprados: fava garrafão vinho de cheiro. Quando a eternidade chegou já pouco restava do farelo:    gota     buraco     gota.                                                  Vítor Teves                                                    04.05.2023
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"CRICRI" seguido de  ACRESCENTO EM FOGO ou "ELES (alguns) IMPLORAM PARA SEREM GOZADOS! O sonho insular do ano 2022: Vir a ser ilustrado por adolescentes entre o 10° e o 12° ano em fraco exercício de 'bricolage". Há anos que não via um exercício insular tão pobre, e lá vão dois belos exemplares só este ano! Se isso não é só paisagem, pasto, palha, então, é o quê? Dos 20/25 salvam-se 5, e com sorte! Tanta "criatividade" "crua" até dói! Pior só mesmo os textos em prosa e aquele exercício "majestoso" que sonha ser "epopeia" das lides de Lisboa. Nem o pára-quedas marca "Botelho-Sampaio-Lima" o salva! É o que dá a insularidade dar de mamar muito cedo a criadores de hipálages; não sabem fazer a distinção entre uma metáfora e uma hipálage e depois admiram-se por afundarem a caminho do "continente"! Entretanto irão à lua vender o objecto como se tratasse de um Peru em ouro. Amém! #piadasInsulares Segue-se "