NA ENFERMARIA

 

Nós aqui

neste gabinete de

dois metros por dois metros

não censuramos ninguém

não atiramos pedras a ninguém

não obedecemos a ordens de e-mails

nem sequer damos importância

a polémicas que nos

aborrecem de

morte!

A não ser quando

nos mordem os pés

sacerdotisas do Sul

usurpadoras do Oeste

           insignificâncias do Atlântico!

Dizia a criatura revestida a

Ego Branco convicta das

palavras que usava!

Aquela que

dizia ter transformado César

em Joaquinha. Tão ridícula

cagando soberba em todas as revistinhas

de merda do país. Maior o verso

pior o cheiro!

 

E quando me afastei

do morto bairro vi sua Excelência

a aproximar-se ansiosa do microfone

veio anunciar que aquele que

se afastou por livre vontade

era – imaginem - o Ser

 Expulso!

Há que torcer em Portuguese

Palace os panos certos

não é assim? Sena

rir-se-ia de tão

pedante cena.

 

E aproveitando a deixa

ainda quente da pupila

veio o editor em trejeitos camuflados

confirmar em jornal a discórdia!

Sentenciar na dita pena a

inocência da sua grega arquitrave - a voz

primeira do tornado atual - a rasgaste

 fissura! Não provocada por ele mas

pelo banal Ofácio! 


Oh deus! O que

não se faz por Ego e

dinheiro?

 




 

 

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