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  MANIFESTO POLÍTICO DEPOIS DA CHIROCA "Se algo. Alguma coisa. Intensamente me repugna" são sobrancelhas feitas com lápis preto. Sobretudo se assim for feito em baratas ou em poetas femininas já mortas ou em mulheres-palhaço ditas por alguns de aristocrata. Pouco importa! O que importa é "o nojo que sinto até ao vómito" (ricochete que aparece aqui em itálico) dessa esbelta espécie humana – mistura de decadência e atrite de fracos ossos e pele velha. E reparem reparem bem no longo esquecimento na azedura da criatura esquecida que ficou! Unida ao velho das Palomas esse falso rei do Norte - triste e batida saraivada - ei-la já seca meia morta ficou estarrecida com tanta violência que encontrou em poeta alheio! Esqueceu-se do seu corpo enquanto pulava no sofá com as baratas perdidas – essas que procuram o mofo e a aflição sentida! Oh desgraça zelo eterno de ainda com noventa e tais mortes manter viva aqui não me custa
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 Este nobre crítico  nascido nas águas douradas do tejo - papá trazendo-o cedo com o babete -  preocupa-se em defender minhocas  a entrar nas infiltrações da grande Casa  do Norte. Oculta-lhe as ervas daninhas do palácio da Podrezia para que a  Rosinha possa esticar as rugas das pernas por mais duas horas.  Alegra-lhe o crime o espetáculo anónimo desse pobre descendente fraco académico espetáculo há muito depenado e benzido como manta de retalhos para  cobrir outro corpo. Bom é acariciar as pedras!  Lavradas pelo indesejado negro   esse que aconchega  velhos assustados. E vós - fragos depenados - tão facilmente depenados - ide entregar o vosso corpo às promiscuidades do negócio alheio.  Tudo somente vosso alto encanto!                                                   versão das 17.35h                                                       10.05.2024
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  NADA MAIS DO QUE ISSO Rancor de velha - apenas isso! Como se desenhar - ainda que o fosse não era para qualquer um – muito menos para Ela! Retirada ante madrugada da porta sonhada. Logo Ela que nada desenhava nada sabia sobre o desenho! E a prova era o fraco poema feito de claras aspirais de tédio - a prova de pouco brilho - de pouca PENA! Ela que se armara em meretriz que imponha provas (como as putas no bordel) vinha apontar o pensamento claro – esquema - disse ela! – Não fosse ela com esse esquema forjar a ideia para a sua “tão rica” antologia! Bem sabemos! Tudo era a sua mera inteligência – logo ela que recolhia viva centenas de cabeças. E vinha ela – outra tão falsa e velha miséria- ensinar tracinhos paralelos de negro e cinzento ao mestre do desenho? E como cera destilando veneno inveja - vingança não concretizada em pessoa – [ainda que lhe fizesse baixar a nota (Mete-a no Cu!)] escorria feito matéria negra - martelinho da positividade oca - levando rosas de plástico e "P
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      DE RABO  PRESO     Esperando desesperadamente entrar na Academia do Norte a drogada aflita dissera que sim! O plano era prender o rabo do mais impertinente macaco do longínquo Oeste. Daí a sintonia! Ela (drogada) repetiria em júri a conversa manipulada. Havia que chamar Benjamim e todas as imagens de pensamento para - com arame – prender o bicho. Não importava se o artista pouco desse atenção a Benjamim – mas elas davam! Elas eram muito mais importantes que a obra estudada! Inútil foi a miserável combinação - querendo a drogada satisfazer a alta sacerdotisa ficou ela com o rabo bem trincado! Era por demais óbvio que as suas fracas palavras eram a extensão das palavras da velha sacerdotisa frustrada na vingança sonhada.   Rodaram tanto que se julgaram vencedoras  - sem que tivessem reparado que o rabo de uma ficara colado ao rabo da outra!  Uma reformou-se outra já vai de limousine para a Academia!                      
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       AS FRALDAS DA OXÓNIA   E viu logo uma mantilha que se usava como fralda           - Jorge de Sena                              I O ENFERMEIRO DE HELSÍNQUIA     O sonho do enfermeiro de Helsínquia é mudar as fraldas da Oxónia por ligaduras de prata. Enquanto lhe vai lambendo o cu vai declamando versos da Patti Smith que encontrou um dia numa Livraria. Depois desta epifania - que lhe trouxe nova t-shirt com Rimbaud - nunca mais mudou a t-shirt com Rimbaud. E nunca mais saiu do bacalhau de Trás-os-Montes! Mãezinha, Oxónia dá-me berço! Dá-me crédito entupido além Tâmega!   Mas isso de bater em máquina antiga   - matraqueador igual ao da Sertã - nunca foi garantia de alta jeropiga                                    nem espiga! Alguém que dê-lhe cinco cêntimos! Pois só consigo dar-lhe dois!   Há patinhos de borracha com maior tesão em verso!                        II OS BEIÇOS DA KARENINA     Então já chegaste à Imp
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     NOVOS CLICHÉS DA POESIA        CONTEMPORÂNEA   Se houver aqui alguma morte veneno ou assassinato a culpa será dele (hoje toda a mulher é inocente mesmo se for a cascavel das arábicas). E no desentendimento que há sempre entre um ele e uma ela ela será sempre a inocente. Não admira! É com ela que podem ganhar uns eventos jantares. Se houver cães ou cadelas por perto o cão será condenado a vaguear longe ou a morrer de fome ou somente a contentar-se com velhos e feios duros ossos ao passo que a cadela será louvada em altar de falsa prata. Se filho houver será um filho ora babado pela mãe ora uma fera oculta sob a saia da mãe. Aqui chamarão Freud e todos os psicanalistas menos o amor mais puro de quem ama o outro. E como sempre não faltarão as mil mortes anunciadas a um ele ou a um Tu distante que – bem sabemos – morrerá num deserto sem água ou num mar sem fogo sempre sob o sol.   Como é saudoso já o tempo do repetid
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 OS GÉMEOS                                                                                     Talvez o diabo, talvez a mãe                                             talvez o crocodilo, talvez                                              somente a puta que vos pariu!                                                  - Raul Milhafre Um escrevia desde o aperto de mão ao Saramago [aí nesse tempo a coisa ainda se justificava!] até às recônditas paisagens do Brasil! Nenhuma Máquina pós-moderna vendia ou produzia tanto papel! Havia inclusive quem com o mapa-mundo do gémeo primeiro comprava quilos que raramente lia ou se os lia lia muito apressadamente! Nem Teófilo Braga no seu maldito tempo! No desgaste de duas décadas e de tanto saltar de Borges para Kafka e de Kafka para a fábula e da fábula para Borges acabou por ir vender a alma ao Diabo! E assim já com novo contrato assinado veio o Diabo sentenciar a dupla desgraça: de tanto acusar a banalidade e a produção